Da redação - Assú Notícia: Mais uma vez precisamos levar a minha mãe para ser atendida em um hospital no Vale do Açu, por conta que na cidade não havia medico, seja no Hospital Regional ou no Pronto Socorro Municipal. Eu, Jalisson, saia do meu trabalho quando fui acionado por minha mãe, que estava no centro da cidade, pedindo socorro. Ela estava sentido dor no peito esquerdo e uma angustia. Com rapidez, me desloquei junto com meu pai até o centro e pegamos ela, levamos para o Hospital Regional Nelson Inácio dos Santos. De cara, se deparamos com uma grande quantidade de pacientes, e uma fila para fazer a ficha de atendimento.
O desespero tomava conta de minha mãe, ela questionava sentir dores no peito esquerdo e estava ficando dormenta. Rapidamente, sem fazer ficha, fui com ela até o setor que verifica a pressão e não encontramos ninguém por lá. No balcão, vi o verificador de pressão e não contei conversa, peguei o objeto, coloquei em minha mãe e iria verificar a pressão dela, foi quando um enfermeiro chegou. Desesperada e aos prontos, minha mãe pediu pelo amor de Deus que aquele enfermeiro verificasse a pressão dela, pois ela sentida uma angustia e dor no peito. Relaxadamente, o enfermeiro perguntou se nós tínhamos feito a ficha de atendimento, pois só poderia verificar com o papel em mãos. Questionei a ele que naquele caso, o mais importante era a minha mãe e não um pedaço de papel riscado. Mesmo assim, ele verificou a pressão dela e disse que não havia alteração.
E minha mãe lá, sentido a dor e aguardando um médico chegar para ser atendida. Passamos pelo menos 30 minutos no Hospital Regional a espera de um médico, para avaliar minha mãe, mas, não dava para esperar. A vida e saúde de minha mãe estava em jogo e o tempo era curto para buscar um atendimento para ela.
Deixei minha cunhada com ela no regional, enquanto fui até o Pronto Socorro Municipal e perguntei a uma recepcionista se lá já tinha médico de plantão, e ela informou que não, só a partir das 08hs. Sendo que, naquele momento que fui até lá, era aproximadamente 07h20. Agradeci a ela pela informação e me desloquei até o regional. Segui com minha mãe para a Unidade Básica de Saúde do bairro Frutilândia e mesmo tomando café, a medica cubada abandonou o a refeição e foi até a sua sala verificar o que tava acontecendo com minha mãe. Super gentil, a médica nós orientou a fazer um chá e dá a ela, pois talvez o que ela sentia, seria ansiedade. Minha mãe era desesperada e pedia para não morrer.. Fomos até minha casa, pegamos um outro carro e seguimos em alta velocidade para a cidade de Itajá, onde na última vez, ela recebeu atendimento durante a madrugada. Chegamos em Itajá e de cara, vimos a lotação.. Mas, nós tinha conhecimento de que ali tinha médico e o caso da minha mãe, precisaria de atenção. Ela sentou e verificou a pressão. Mas, a moça que fez a verificação, disse que a médica da unidade, não atenderia outras pessoas que não fosse da circunscrição do atendimento dela. E minha mãe continuava lá, reclamando da dor no peito e quase chorando.
Durante a conversa com a enfermeira, perguntei a ela quem seria o secretário de saúde para tentar buscar algum atendimento para ela. Mas, não consegui. Enquanto isso, uma paciente que lá estava questionou o motivo em que a médica não atendia outras pessoas, e a enfermeira que verifica pressão, disse do que se tratava, mas, não cheguei a ouvir bem.
É triste você passar e sentir na pele a tamanha saúde que temos em nossa cidade, estado e brasil. Enquanto uns esperam pelo SUS, outros recebem tratamento em hospitais de grandes nomes. Não sentem na pele o que um cidadão, que não tem dinheiro e condições, sente.
Pela segunda vez, isso acontece... Buscamos atendimento em outra cidade por Assú, com quase ou mais de 60 mil habitantes, um município polo, não ter médico. Resumo a história em Vergonha!