Considerado alvo prioritário da polícia do Rio Grande do Norte, Josenildo Vieira da Silva Júnior foi preso no Recife, capital pernambucana. Segundo as investigações, ele fazia parte de um grupo de extermínio com atuação no RN e na Paraíba.
Aos policiais, ele confessou ter participado diretamente de pelo menos 50 homicídios. Contra ele havia um mandado de recaptura expedido em 2017 pela Justiça do Rio Grande do Norte por roubo. Josenildo já havia sido preso em 2015.
Em 2018, Josenildo Vieira foi preso após um sequestro mediante extorsão, onde torturou a vítima física e psicologicamente durante uma semana. No entanto, o homem de 34 anos fugiu e desde então era considerado foragido, até sábado (29).
De acordo com o delegado titular da Delegacia do Ibura, Alessandro Orico, Josenildo Vieira estava morando em Pernambuco há cerca de seis meses e utilizava documentos falsos para driblar o cumprimento do mandado. O suspeito foi capturado no bairro do Jordão, Zona Sul do Recife.
“É uma pessoa altamente fria, nos relatou que estava diretamente ligado a pelo menos 50 homicídios. Disse que não tinha interesse de ser mantido em cárcere no Rio Grande do Norte, uma vez que lá ele corre risco de vida, justamente por ele ter matado, segundo ele, muitos criminosos que faziam parte de facções criminosas”, detalhou o delegado que coordenou a prisão.
Ainda segundo Orico, o grupo de extermínio ao qual pertencia Josenildo é ligado a mortes de pessoas envolvidas com o crime. “Ele deu essa justificativa de que apenas matava criminosos, contudo ele é tão criminoso quanto os demais”, acrescenta.
Com ele foram apreendidos cinco aparelhos celulares, cinco balaclavas, fardas e distintivos da Polícia Civil do Rio Grande do Norte, além de documentos falsos. Agora, Josenildo está custodiado no Centro de Observação e Triagem Criminológica Everardo Luna (Cotel), que fica no município Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife.
O Ministério Público potiguar tentou a transferência dele para o RN, mas como Josenildo já foi encaminhado para o sistema penitenciário pernambucano, a solicitação deverá ser feita via judiciário. OP9RN