MÉDICO PARAGUAI É PRESO NO VALE DO AÇU CLINICANDO IRREGULARMENTE EM COMBATE AO COVID-19

O delegado Renato Oliveira, de Areia Branca, deu ordem de prisão para um médico que estava atendendo sem registro no Conselho Regional de Medicina na cidade de Porto do Mangue, na região do Vale do Açu, no Rio Grande do Norte. Outros 5 estão sendo investigados.
O delegado explicou que o suspeito alega ser graduado no Paraguai, porém não possui o Revalida, que autoriza atuar em território nacional. Além de prendê-lo por atuar sem CRM, também lavrou o flagrante por uso de documentos de CRM de um médico de São Paulo.
O médico preso estava atuando no trabalho contra a covid-19 na cidade de Porto do Mangue. O delegado contou com apoio de 4 agentes para conduzir o suspeito para ser autuado na Delegacia de Areia Branca, onde se encontra preso até decisão posterior da Justiça.
"A operação garantiu a segurança e a saúde da população neste período de pandemia, visto que até os médicos formados estão com dificuldades de exercer a atividade, imagina aqueles que não têm habilitação, responsabilidade e moral para enfrentar esta crise sanitária", diz o delegado Renato Oliveira.
O trabalho começou segunda-feira, dia 8, após um médico de Natal denunciar que havia gente trabalhando sem CRM no hospital de Porto do Mangue.
"Durante as investigações percebemos que era uma praxe atuar no hospital sem diploma. Um crime grave que coloca a população em perigo", acrescenta o delegado Renato Oliveira ao AGORA RN.
Além deste caso, o delegado acrescentou ao portal que outros cinco médicos, que são ligados a mesma empresa que este que foi preso e autuado em flagrante trabalha, prestam serviços. Um dos investigados é cunhado do secretário de saúde da cidade e não é graduado em medicina.
O inquérito policial aberto pela autoridade policial vai investigar a relação da gestão municipal com esta empresa terceirizadas que fornece esta “mão de obra” que bota em risco a vida do cidadão. São pessoas formadas em países vizinhos, como Bolívia e Paraguai, que, para atuarem no Brasil, estavam usando documentos de médicos brasileiros, no caso de São Paulo. Mossoró Hoje