Da redação - Assú Notícia: O ministério público já ofereceu denuncia contra Vicente Eufrásio Peixoto, marido da atual prefeita de Paraú e do servidor público Antônio Leodecio Batista da Silva, os dois são envolvidos em desvio de dinheiro da prefeitura desde 2018, quando a então prefeita Maria Olímpia assumiu o posto de gestora após a eleição suplementar que aconteceu no município.
O esquema do desvio de dinheiro começou notadamente, após Vicente Eufrásio contratar verbalmente uma máquina para ser utilizada em um serviço da prefeitura, e que o aluguel da máquina era R$ 7.000 mil reais por mês. Até lá, a máquina esteve no município e o então marido da prefeita, Vicente Eufrásio, não pagou o valor acertado com o dono da empresa. As investigações do referido Procedimento Investigatório foram inauguradas em razão de denúncia realizada em 23 de janeiro de 2020, depois de uma denúncia, em que Vicente Eufrásio fez um contrato verbal para um empresário fornecer uma máquina retroescavadeira para limpeza pública de terrenos, no ano de 2018, tendo a avença sido ajustada no valor de R$ 7.000,00 (sete mil reais).
Conta no processo, que o marido da prefeita 'enrrolava' o proprietário da máquina para fazer o pagamento, que inicialmente seria apenas um mês, mas que foi sendo solicitado a sua prorrogação mensalmente, tendo a máquina permanecido alugada ao município de Paraú durante o período de junho a dezembro de 2018 - Ano que Maria Olímpia tomou posse.
A denuncia, afirmava que não houve qualquer pagamento, decidindo o dono da máquina retirar o equipamento e parar de prestar o serviço no mês de Dezembro de 2018. Em poucos meses, a divida ficou R$ 42.000,00, tendo Vicente Eufrásio proposto no mês de novembro do mesmo ano, ao dono da máquina a quitação da dívida através do pagamento de combustíveis suportados pela prefeitura de Paraú.
Inicialmente, o dono da maquina não aceitou, e depois de diversas insistências por parte de Vicente Eufrásio, o dono da máquina foi pegando as notas de combustíveis e abastecendo em um posto na BR-304 em Assú.
o empresário não concordou em receber no primeiro momento, mas que acabou cedendo e recebeu 05 (cinco) vales combustível em branco, que, ao serem utilizados, foram preenchidos, tendo como valor total a quantia de R$ 6.719,00 (seis mil, setecentos e dezenove reais). Com isso, as notas vinha sob a escrita; Autorizado por Vicente Eufrásio', ou por muitas vezes, por telefone direto com os frentistas.
Para se ter ideia, as notas eram usadas para abastecer o carro particular de Vicente Eufrásio, com valores super altos. Até por telefone, Vicente 'dava notas a torto e a direita' para qualquer pessoa que o ligasse. Mesmo sem se associar ao medo, as negociações eram feitas por telefone, ao qual os áudios estão no processo.
Leodecio, era responsável pela emissão de ordens de combustíveis, conforme têm no proceddo. Já na Prefeitura de Paraú ele era o encarregado de controlar todo o esquema de desvio de combustível, recebendo ordens diretamente do primeiro denunciado, Vicente Eufrásio.
Como destacado nos diálogos registrados nas interceptações telefônicas, seu nome é comentado muitas ocasiões quando se trata de ordens de combustível. Alguns munícipes ligam para Vicente Eufrásio indagando se podem passar lá em
Leodecio para pegar a autorização de combustível.
Ressalta-se que foi em sua residência e em seu poder que foram encontradas todos os talões de ordens de combustível. Trata-se de pessoa de confiança de
Vicente Eufrásio, recebendo ordens diretamente dele e sendo o operador do esquema, indivíduo encarregado de operar o desvio de verbas públicas com aquisição de combustível.
Leodecio, vinha atuando com conjunto com Vicente Eufrásio no desvio de dinheiro público, consistente na emissão de ordens de combustíveis, que eram pagas pelo erário municipal, sendo grande parte em favor de Vicente Eufrasio. Das conversas interceptadas, foi possível confirmar que Leodecio recebia ligações de Vicente Eufrásio para autorizar as referidas ordens de combustíveis
Na casa de Leodecio, foram apreendidos diversos blocos com notas de combustíveis, com aproximadamente 860 (oitocentos e sessenta) notas preenchidas, assinadas e com carimbo do marido da prefeita, dentre as quais aproximadamente 314 (trezentos e quatorze) tinham como cliente Vicente Eufrásio, enquanto que 546 (quinhentos e quarenta e seis) tinham como cliente a
Prefeitura Municipal de Paraú. Eis o material apreendido na residência do acusado
O marido da prefeita, está sendo denunciado pelo Ministério Público por vários crimes, incluindo o de estelionato. Para o Ministério Público, Vicente Eufrásio era quem comandava a organização criminosa em desvio de dinheiro, e que 'ocupava a função de prefeito' na cidade, por ditar regras e tomar decisões, até de pagamentos, que eram escolhidos para serem feitos.
O ASSÚ NOTÍCIA acompanha todo o desenrolar do processo e iremos trazer informações sobre esse caso escandaloso que foi registrado por muitos anos em Paraú.