O gerente de banco preso nesta quarta-feira (14) suspeito de envolvimento em um roubo a uma agência bancária em Natal em janeiro deste ano armou o crime para poder justificar furtos anteriores no trabalho, como o furto de moedas de ouro encontradas na casa do suspeito, segundo a investigação da Delegacia Especializada em Furtos e Roubos (Defur).
"O gerente já vinha subtraindo valores da agência, inclusive do que ele tirava de ouro. Ele já vinha tirando esses valores, então sabia que no final do mês tinha que prestar contas", pontuou a delegada Danielle Filgueira, que conduziu a investigação.
Diante desse cenário, o gerente convence uma amiga a armar o crime, facilitando a entrada de uma pessoa na agência. A amiga também foi presa.
"Ele disse a ela: 'Nós precisamos simular um assalto ao banco para que os caras [os assaltantes] entrem lá e justiquem a quantia subtraída de mais de R$ 1,3 milhão'", explicou a delegada.
É neste momento que a amiga do gerente combina com o ex-genro dela de cometer o crime, acobertado pelo gerente. Mas a primeira tentativa dá errado.
"Ele tenta fazer o assalto a banco numa sexta-feira, dia 21, mas não foi possível, porque só chegou às 16h na agência, então a agência já estava fechada. Então, ele desiste de cometer esse delito, ficou com medo", disse a delegada, detalhando que a ex-sogra já havia comprado peruca e providenciado a mochila para o roubo.
O rapaz, então, chama um amigo, que indica uma outra pessoa - esse último é quem entra na agência.
"Ele decidiu fazer, ganhou apenas a quantia de R$ 10 mil. Depois ele disse aqui em um depoimento que está muito arrependido porque desse roubo todo só ficou com R$ 10 mil, mas que só teria ido porque era garantida a participação do gerente", contou a delegada Danielle Filgueira.
Além das prisões, a filha da amiga do gerente também segue sendo investigada pela Polícia Civil por uma possível participação no crime.
Prisão do gerente
O gerente do banco foi preso nesta quarta-feira (14) suspeito do envolviment no roubo que aconteceu em janeiro deste ano na agência bancária onde ele trabalhava. Na ocasião, o homem afirmou que tinha sido rendido e agredido pelo assaltante. A prisão foi confirmada no início da tarde pela Defur, da Polícia Civil.
Segundo a delegada Daniella Filgueira, mais de R$ 1,3 milhão foram roubados na ação. O dinheiro ainda não foi recuperado. Segundo a delegada, as investigações começaram com base nas imagens do circuito interno de segurança do banco, que foram cedidas à polícia.
Nas imagens divulgadas pela polícia na época do crime, era possível ver um homem entrando e saindo da agência com uma mochila. Outros funcionários relataram, no entanto, que não tinham percebido o crime. G1RN