ASSASSINO DE MEMBRO DA FAMÍLIA VERAS É MORTO NA CIDADE DE ITAÚ

A Polícia registou na noite desta quinta-feira (23), um homicídio na cidade de Itaú, na região oeste do estado. A vítima foi identificada como Francisco Romário da Silva Brito. Ele foi morto a tiros. O crime aconteceu no Bairro Parabólica. A polícia militar ainda fez diligências, mas, ninguém foi preso. As informações dão conta de que Romário Brito, ainda foi socorrido para o Hospital.

Pesquisando o nome, identificamos que Romário Brito, matou no dia 4 de fevereiro de 2012, na cidade de Janduis (RN), Walter Martins Veras e, que foi condenado em julgamento popular realizado em Natal. O crime foi praticado na companhia de outras duas pessoas, também condenadas. Na época da morte de Walter, Romário já cumpria pena por homicídio praticado em Mossoró. Ele estava no regime semiaberto.

O agropecuarista e ex-vice-prefeito, Walter Martins Veras, de 69 anos, foi assassinado no dia 4 de fevereiro de 2012, em sua residência no centro da cidade de Janduis. No dia do crime, ele estava sentado na calçada do vizinho, junto com familiares, quando os assassinos, em um veículo Celta, de placas NNP-9560, se aproximaram e atiraram com espingardas de calibre 12. Em seguida, os quatro abandonaram o carro na zona rural e atearam fogo.

A morte de Walter Veras, teve muita repercussão. Ele tinha sido vice-prefeito de Janduis e, em sua família, muitos foram assassinados de forma violenta.

HISTÓRICO, por F. Gomes

Em 2015, morreu o agropecuarista, Agnaldo Veras, irmão de Walter Veras, assassinado do mesmo jeito, ou seja, homens armados em um carro chegam a casa onde mora e praticam a execução.

O jornalista F. Gomes (in memoriam) , escreveu reportagem com informações sobre as mortes ocorridas na família Veras, na região oeste do Rio Grande do Norte.

Em 2010, foi assassinado Antônio Francisco Nóbrega Martins Veras. Ele foi emboscado quando seguia em uma caminhonete, juntamente com dois policiais militares, que lhe faziam segurança, em direção ao sítio na zona rural de Janduis. Todos foram fuzilados.

Em 2003, após perder dois irmãos, Vicente e Cézar Veras, de forma semelhante, em emboscadas e vítimas de muitos disparos de armas de diferentes calibres, Antônio Veras, passou a contar com segurança de policiais militares cedidos pela Secretaria de Segurança Pública.

Antônio Veras teve o nome envolvido nas investigações em torno do assassinato de José Reis de Melo, conhecido como Zé Vieira, morto a tiros em 2006. O ex-prefeito de Campo Grande acusava o agropecuarista como envolvido nas mortes dos seus irmãos. Em 2006, Zé Vieira, foi morto numa fazenda situada no município de Campo Grande, por um grupo armado que cercou sua casa e atirou tentando matar todos os familiares que se encontravam no local. José Reis de Melo tombou morto.

Na sua última entrevista concedida a F. Gomes, no programa Comando Geral da Rádio Caicó AM, em 2009, Antônio Veras, se defendendo das acusações pelo assassinato de Zé Vieira, falou sobre a possibilidade de ser assassinado. “Eu não paro de pensar como eu vou sobreviver, eu não paro de pensar. Quando explode uma situação dessa que jogam na imprensa de maneira diferente do que está no inquérito eu fico preocupado. Por que? Será que os resquícios da quadrilha não aproveitam uma situação dessa para armar uma parada? Eu não sei, isso é uma guerra. Eu não faço a guerra, eu vivo por circunstância da natureza dentro dessa guerra”, narrou. Alguns meses depois, ele foi assassinado.

Quadrilha

Na ocasião, o ex-prefeito Antônio Veras, se disse vítima de uma quadrilha, mas declarou que não tinha medo de morrer. “Eu não temo, eu acho que quem nasce tem um final que é a morte. Agora, eu não quero a morte de briga, eu quero a morte de natureza, de saúde”, citou.

O ex-prefeito, Antônio Veras, sem citar nomes, se referiu ao grupo antes liderado por José Valdetário Benevides, como debilitado. “Eu acredito que a quadrilha está muito debilitada, porque os cabeças estão presos, outros morreram em combate com a polícia, não foi com a nossa família. Os que morreram foram brigando com a polícia, é muito ruim brigar com a polícia, mas eles achavam que eram donos da metade do mundo. Agora quem não se preocupa com uma situação dessa?”, citou na ocasião Antônio Veras.

Em 2010, a polícia não tinha dúvidas de que a morte de Antônio Veras, estava ligada às execuções dos irmãos dele, Cezar e Vicente Veras. E trabalhou com a possibilidade de ter sido praticada por homens ligados à quadrilha antes liderada por Valdetário Carneiro. Depois que os dois primeiros irmãos foram mortos, José Reis de Melo, o “Zé Vieira”, envolvido nos crimes junto com Valdetário Carneiro, foi executado. Antônio Veras chegou a ser indiciado pela morte de Vieira.” Sidney Silva