Uma operação do Ministério Público do Rio Grande do Norte cumpriu mandados de prisão e busca e apreensão contra suspeitos de aplicar golpes em familiares de servidores públicos potiguares usando perfis falsos criados no WhatsApp. Os mandados foram cumpridos nos estados de São Paulo, Bahia, Paraná e Santa Catarina.
De acordo com a investigação, os estelionatários faziam uso do aplicativo de mensagem eletrônica para emprego do golpe conhecido como “Falso Whatsapp”. Os criminosos conseguiram obter as vantagens financeiras indevidas na medida em que conseguiam induzir familiares dos servidores públicos do RN em erro ao se passarem simultaneamente por seus parentes.
Ainda segundo o MP, o grupo agia quase sempre na seguinte dinâmica:
Primeiro, para ludibriar a família dos servidores públicos, os estelionatários obtinham, possivelmente na internet, fotos das pessoas pelas quais pretendiam se passar;
Em seguida, colocava a imagem em um falso perfil do WhatsApp, vinculado a um número gerido pelos golpistas.
A partir disso, faziam contatos com as vítimas para informá-las sobre a mudança de número do suposto parente e, na oportunidade, simulavam uma circunstância econômica desfavorável e urgente para vulnerar o familiar e justificar falsamente o pedido de auxílio financeiro.
Os golpes foram aplicados entre a segunda quinzena do mês de junho de 2021 até meados de julho do mesmo ano. O modo como o grupo agia e o lapso temporal entre os delitos, para o MPRN, sugere a possibilidade de conexão entre os núcleos estaduais.
A ação da apura o cometimento dos crimes de estelionato mediante fraude eletrônica, falsa atribuição de identidade e lavagem de dinheiro.
Os mandados foram cumpridos nas cidades paulistas de São Vicente e Praia Grande; em Balsa Nova e Campo Mourão, ambas no Paraná; em São Desidério, na Bahia; e ainda em Florianópolis, capital de Santa Catarina, respectivamente. Na investigação, o MPRN trata cada um dos estados como sendo um “núcleo” dos crimes cometidos.
Ao todo, foram cumpridos 10 mandados de prisão preventiva e outros 20 de busca e apreensão.
O MPRN apura o envolvimento de outras pessoas com os golpes e a existência de outras vítimas do grupo investigado.
A operação Cidade do Sol teve o apoio dos Ministérios Públicos e das Polícias Civil e Militar de São Paulo, Bahia, Goiás, Paraná e Santa Catarina. Participaram da operação promotores de Justiça, servidores dos MPs, policiais militares e policiais civis. g1rn