O suspeito de matar e enterrar a ex-namorada em um cômodo da casa dela se apresentou à Polícia Civil nessa quinta-feira (21). De acordo com o delegado Cláudio Henrique, da Divisão de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), o homem foi ouvido e liberado em seguida.
"Como se apresentou voluntariamente, antes que nós iniciassemos as buscas, ele foi liberado. Nós não tínhamos nem a qualificação dele. Não é possível fazer o flagrante pela apresentação voluntária. A depender do que acontecer daqui para frente, se a versão dele vai ser confirmada ou não, vamos avaliar se é cabível a prisão dele", explicou.
Segundo o delegado, o suspeito contou sua versão do crime. "Ele afirmou que estava construindo uma casa para a ex-companheira a pedido dela e que na tarde do crime ela teria marcado um encontro com ele, para eles conversarem, que quando chegou lá, ela teria dito que o relacionamento iria acabar, que não iria mais ficar com ele, tiveram uma discussão. Ele teria empurrado ela, ela teria batido a cabeça em tijolos e teria ido a óbito", falou à reportagem da TV Tropical.
"Ele afirmou que a vítima teria falado para ele que, quando ele terminasse de construir, eles poderiam voltar a se relacionar. Essa é a versão. Nós temos uma versão de que essa casa seria para quitar uma dívida que ele teria. Então, essas versões vão ser checadas", acrescentou.
Para o investigador, a autoria e a motivação já estão esclarecidas. "Essa questão da motivação, o próprio autor já afirmou, apesar de ter dito que seria um acidente, ele afirmou que seria pelo fim do relacionamento. Autoria e motivação já estão concluídas. Nós vamos apenas confirmar se se trata de um homicídio doloso, homicídio culposo, lesão corporal", esclareceu.
O delegado citou ainda que as testemunhas que foram ouvidas contaram que o casal tinha um relacionamento conturbado, com histórico de violência. "As testemunhas falaram do relacionamento, que era conturbado, era violento. Ele era agressivo com ela. Não há nenhuma testemunha presencial dos fatos, ninguém sabe com certeza do que ocorreu, além dele. Mas as testemunhas falaram que ele era violento. Isso vai ser levado em consideração. Vamos aguardar os laudos", pontuou Cláudio Henrique.
Maiara Coelho Braga de Assis, de 34 anos, foi encontrada morta em uma casa no conjunto Jardim Progresso, no bairro Nossa Senhora da Apresentação. A vítima estava desaparecida desde a terça-feira (19).
O corpo só foi encontrado na quarta-feira (20) depois que o atual companheiro da vítima foi ao local, após descobrir que ela teria sido vista entrando no imóvel junto com uma das pessoas que trabalhavam no local. O namorado saiu e voltou com a polícia, encontrando o corpo enterrado. Portal Tropical