A escalada de violência no RN parece não ter fim. Esta semana, fomos surpreendidos com um crime bárbaro perpetrado por um dos maiores covardes do RN — vulgo João Bomba.
— Alegar loucura é matar também o bom senso.
Sua ficha no TJRN era exemplar, onde realizava todas as funções sem demonstrar nenhum sinal de loucura. Sua licença psiquiátrica de 90 dias é muito provável que seja uma licença para matar. Para estudar e planejar todos os detalhes deste brutal assassinato, bem como sua linha de defesa. Me parece óbvio demais que essa licença, conseguida através da manipulação, faça parte de um estratagema para aliviar sua culpa caso o assassinato fosse descoberto. Se ele conseguisse se livrar, estava posta a cartilha do assassinato impune.
— Loucura seletiva não é loucura!
Senão, vejamos. João Batista Carvalho Neto, vulgo João Bomba, nunca foi doido para estudar, nunca foi doido para passar em concurso, nunca foi doido para trabalhar, nunca foi doido para treinar, nunca foi doido para dirigir, nunca foi doido para tentar matar uma vítima forte e armada.
Trabalhava anteriormente na fazenda pública e estava na segunda vara criminal do TJRN. Logicamente, seu dia a dia propiciava conhecer as particularidades dos crimes.
A psiquiatra Ana Beatriz Barbosa, autora de “Mentes Perigosas”, defende que a parte racional ou cognitiva dos psicopatas é perfeita e íntegra, por isso sabem perfeitamente o que estão fazendo. Quanto aos sentimentos, porém, são absolutamente deficitários, pobres, ausentes de afeto e de profundidade emocional.
João Bomba não queria uma morte rápida, senão a teria estrangulado — algo que poderia ter feito em 2 minutos para atingir seu objetivo. Me parece que ele buscava os requintes de crueldade. Preparou um kit da morte com facas, cordas e soco inglês, pois queria fazê-la sangrar e talvez martirizá-la nos 20 minutos em que demorou no quarto. Não posso imaginar o suplício que Fabiana Veras passou.
— Transferir a culpa para o demônio é mais uma forma de covardia.
Terceirizar sua culpa e fugir das responsabilidades é típico dos covardes, dos que cometem grandes covardias. Ora, ora, o diabo não pedia para ele massacrar outras pessoas? Envenenar lagoas? Se matar? Não sussurrou para ele atropelar pedestres? O único pedido do satanás foi justamente matar seu desafeto — a Fabiana? Isso não é uma coincidência muito cômoda?
Na verdade, o diabo aqui é a sua consciência, João Bomba. E o inferno foi o quarto em que você torturou e tirou a vida de uma inocente.
Todas as pessoas do Rio Grande do Norte, hoje, se sentem ainda mais indefesas estando à mercê também dos psicopatas — e assistem revoltadas o João Batista Carvalho Neto planejar escapar da sua pena pela porta dos fundos numa camisa de força. A sociedade está de mãos amarradas e chora à espera que a justiça seja feita.
Que Fabiana Veras possa perdoar essa humanidade abjeta que, mesmo diante de um fato claro, inequívoco e elucidado, ainda tentará encontrar brechas para que o mal prospere.
Estamos todos com você, Fabiana. Seu sangue não foi derramado em vão. Através do seu suplício, inúmeras outras pessoas poderão se salvar, pois os psicopatas que circulam entre nós irão testemunhar a força da lei prevalecer.
Descanse em paz.
Marcus Aragão.