O prefeito da cidade de João Dias (RN), Marcelo Oliveira (União Brasil), de 38 anos, foi morto com pelo menos 11 disparos de arma de fogo, segundo o médico que o atendeu no Hospital Regional de Catolé do Rocha, na Paraíba.
De acordo com o médico Wagner Martins, o prefeito deu entrada na unidade de saúde por volta das 12h desta terça-feira (27) e estava inconsciente, mas ainda com vida. O médico disse que ele foi atingido por disparos no tórax, abdômen e membros inferiores.
"O paciente logo em seguida evoluiu para uma PCR [parada cardiorrespiratória]. A gente fez todo o protocolo de RCP [reanimação cardiopulmonar], porém o paciente, depois de realizadas todas as manobras de ressuscitação cardiopulmonar, evoluiu para o óbito, por volta de 12h20", disse.
O prefeito foi morto a tiros ao lado do pai, o o ex-vereador Sandi Alves de Oliveira, de 58 anos, durante um evento político na cidade de João Dias na manhã desta terça-feira. Marcelo era candidato a reeleição.
A Polícia Civil confirmou durante a tarde que um segurança do prefeito também ficou ferido na ação criminosa.
Segundo o delegado Alex Wagner, da Divisão de Polícia Civil do Oeste (Divipoe), responsável pela investigação do caso, pelo menos oito criminosos chegaram em dois carros e praticaram os disparos contra o prefeito.
"Seriam oito pessoas que chegaram e efetuaram os disparos", disse o delegado após colher relatos de testemunhas.
"Chegaram em dois carros e efetuaram os disparos no bairro aqui de João Dias, um bairro mais afastado. Ele estava fazendo a campanha política, visitando as casas, e aí aconteceu esse atentado".
O delegado Alex Wagner disse que um carro carbonizado que eles acreditam que foi usado no crime foi encontrado na própria cidade de João Dias durante a tarde. No entanto, a motivação do crime ainda era desconhecida, segundo o delegado.
"Está bem no início ainda. Para dizer ainda quem são os autores e qual motivação para o crime vai ter que ter uma investigação, um inquérito policial, que aí vai poder ouvir todas as partes e coletar dados para esclarecer esse duplo homicídio", disse.
Ele disse, no entanto, que a polícia, neste momento, "não descarta nada".
"Principalmente agora. O crime acabou de ocorrer, não tem como descartar qualquer motivação e mesmo apontar já quem seria o autor. A investigação é quem vai dizer", falou o delegado. G1RN