OBSTETRAS PARALISAM ATIVIDADES EM HOSPITAL EM MOSSORÓ POR FALTA DE PAGAMENTO DO GOVERNO DO RN

Obstetras que trabalham na Maternidade Almeida Castro, em Mossoró, paralisaram as atividades na segunda-feira (25). De acordo com os profissionais, o Governo do Estado está há sete meses sem pagar pelos serviços prestados. A suspensão já vinha sendo anunciada desde a semana passada.

O prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, se manifestou sobre a situação em publicação nas redes sociais. “Hoje, o Governo do Estado deixa a Maternidade Almeida Castro sem obstetras devido a um atraso salarial de 7 meses, prejudicando mães de Mossoró e de 60 municípios da região”, escreveu.

Segundo o gestor, o município está pagando os médicos para atendimentos de urgência. “Para não deixar essas mães desaparadas, a Prefeitura de Mossoró está custeando os médicos para atender os partos de urgência”, acrescentou.

Allyson Bezerra ainda se dirigiu à governadora. “Faço um apelo à governadora para que resolva essa situação! Essa é uma questão de humanidade e vida. Todas as mulheres merecem respeito e dignidade”, completou.

Em resposta ao problema, a Justiça do Trabalho determinou o bloqueio de R$ 4,7 milhões das contas do Governo do RN. A decisão atende a um pedido da Associação de Proteção à Maternidade e à Infância de Mossoró (Apamim). A Secretaria de Saúde do RN se pronunciou sobre o caso em nota.

Confira:
A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) vem a público esclarecer a situação relacionada à suspensão do pagamento dos médicos obstetras vinculados à APAMIM.

Na manhã de hoje, foi realizada uma reunião com os médicos representantes do Núcleo de Ginecologia e Obstetrícia de Mossoró (NGO) e com a APAMIM, na qual avançamos na negociação para que os serviços sejam retomados imediatamente. 

Destacamos que conseguimos antecipar para esta quarta-feira, às 10h, uma audiência para a implementação do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), o que oferecerá segurança jurídica para as partes envolvidas. Esse acordo permitirá a regularização do pagamento referente ao mês vigente e do passivo acumulado, que será quitado em parcelas.

Em relação ao bloqueio judicial do retroativo, a Sesap ainda não foi oficialmente notificada. 

Acreditamos que, com o avanço das tratativas e a participação dos médicos na reunião e, posteriormente na audiência, será possível retomar a normalidade dos serviços. 

Reiteramos nosso compromisso com a saúde pública e com o diálogo aberto para resolução de conflitos. Seguiremos empenhados em buscar soluções céleres e efetivas.

Com informações de Portal da Tropical