TERCEIRIZADOS CONTINUAM COM SALÁRIOS ATRASADOS, MAS PREFEITURA DO ASSÚ INVESTE NO CARNAVAL

Da redação - Assú Notícia:
Médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e auxiliares de serviços gerais (ASGs) que prestam serviço para a Prefeitura de Assú por meio de terceirização ainda não receberam os salários referentes ao mês de dezembro. A situação tem gerado grande preocupação entre os trabalhadores, que temem não receber pelos serviços prestados em diversas repartições da gestão municipal.

De acordo com relatos dos terceirizados, a empresa responsável pelas contratações informou que o pagamento não foi realizado porque a Prefeitura de Assú ainda não efetuou o repasse necessário. O pagamento, que geralmente ocorre até o dia 10 de cada mês, segue em atraso sem qualquer previsão de regularização.

O silêncio da gestão municipal agrava ainda mais a situação. O departamento financeiro da prefeitura não emitiu nenhuma nota oficial esclarecendo o que está acontecendo com as contas do município ou quando o pagamento será realizado. Os prestadores de serviço evitam se identificar por medo de represálias, mas ressaltam que têm direito a receber pelo trabalho realizado.

O atraso nos pagamentos tem impactos diretos na vida desses profissionais. Muitos enfrentam dificuldades para pagar aluguel, contas de água e luz, além de compromissos como faturas de cartão de crédito. Com a volta às aulas se aproximando, alguns pais estão apreensivos por não conseguirem comprar o material escolar dos filhos.

Enquanto isso, a gestão municipal segue com a programação do Carnaval de Assú, anunciada pelo prefeito Lula Soares na última terça-feira (28). O evento contará com atrações de renome, como Kadu Martins, Léo Foguete, Banda Grafith e Banda Ínala, além de artistas locais e regionais.

Na manhã desta quinta-feira (30), o prefeito anunciou a antecipação do pagamento dos servidores efetivos do município, mas não mencionou a situação dos terceirizados. Diante do impasse, trabalhadores cobram um posicionamento oficial da Prefeitura para esclarecer os motivos do atraso e garantir que o pagamento será realizado.

O que não pode acontecer é a administração municipal permanecer em silêncio, ignorando os profissionais que mantêm a saúde pública funcionando e que agora estão endividados e sem qualquer perspectiva de receber pelo serviço prestado.