No dia 14 de fevereiro de 2024, Mossoró despertou com a notícia de um fato inédito: dois detentos da Penitenciária Federal conseguiram fugir da unidade de segurança máxima sem serem notados.
Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça, mais conhecidos como Tatu e Martelo, tornaram-se alvos de uma caçada incessante que durou 51 dias e marcou a história do sistema prisional brasileiro.
O local, por onde os dois detentos fugiram, fazia parte da luminária de uma das celas, situada em uma das paredes. Segundo o Ministério da Justiça, os fugitivos utilizaram materiais de uma obra em andamento na unidade para criar a abertura e executar a fuga.
De acordo com dados oficiais, aproximadamente 600 agentes participaram da força-tarefa de recaptura. Viaturas e helicópteros tornaram-se presença constante tanto nas ruas quanto nos campos, alterando drasticamente a rotina das comunidades ao redor do presídio, localizado às margens da RN-015.
O ambiente de calmaria deu lugar a uma operação de guerra, com buscas intensivas por todos os lados. A situação atraiu atenção do alto escalão da Justiça brasileira, resultando em visitas frequentes a Mossoró. O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, esteve na cidade duas vezes e garantiu que o episódio “não afetou, em hipótese alguma, a segurança das cinco unidades prisionais federais do país”.
Os fugitivos só foram recapturados no dia 4 de abril, em uma ponte próxima a a cidade de Marabá, no Estado do Pará. Na ocasião, a Polícia Federal rastreou telefones celulares e conseguiu localizá-los em um trecho da BR-222. Ambos retornaram para o Presídio de Mossoró. Fim da Linha